de Osaka, fizemos um bate volta até Hiroshima.Usamos nosso JR Pass e fomos de trem bala :-) O objetivo do dia foi conhecer o jardim japonês de Hiroshima, o Shukkeien Garden, o Castelo de Hiroshima e região sede do exército durante a Segunda Guerra, a região chamada de Hiroshima Downtown e, claro, a região onde fica o Memorial da Paz, situada no local da explosão da Little Boy, bomba nuclear lançada pelos Estados Unidos em 06 de agosto de 1945, às 08h15.
Entre uma atração e outra, algumas pequenas alegrias. Afinal, Hiroshima é uma cidade japonesa como outra qualquer.
Do jardim japonês, fomos em direção ao
Castelo de Hiroshima. Lindo e bem japonês: você olha e fica pensando se é castelo ou templo. Foi destruído com a explosão atômica e, claro, reconstruído. Não entramos, mas dentro do castelo funciona um museu e dá pra ter umas boas vistas panorâmicas da cidade. Nos jardins do castelo, estão as ruínas da sede militar de Hiroshima. Os japoneses usam a área verde e bem cuidada para lazer reunir amigos, beber, comer e bater papo.
Depois, fomos para o
Parque do Memorial da Paz, chamado de Hiroshima's Peace Memorial Park. Nessa região, que antes da bomba era o centro político e comercial de Hiroshima, há vários monumentos e símbolos dedicados à luta contra as bombas atômicas e à defesa da paz, e um museu que considero obrigatório. A região é linda e ótima para passear.
Hiroshima foi proclamada a Cidade da Paz e é muito comovente passar algumas horas naquela região, ficar emocionalmente destruído com o resultado de uma explosão atômica e, horas depois, sentir o peito cheio de paz e alegria ao perceber como os japoneses conseguiram transformar essa desgraça em algo positivo para o mundo.
A bomba atômica explodiu a 600 metros do chão e causou a morte de mais de 300 mil pessoas e destruiu praticamente tudo num raio de 2 km. As fotos abaixo são representações da cidade antes e depois da bomba. Essas maquetes estão no Museu Memorial da Paz.
A 150m do hipocentro da explosão da Little Boy, às 08h15 de 06 de agosto de 1945, estava a prefeitura de Hiroshima. A estrutura metálica da cúpula do prédio, chamada de Cúpula Genbaku, foi a estrutura mais próxima a resistir ao impacto e, depois de muitas discussões sobre o que fazer com o que sobrou (a dúvida era se a cúpula seria destruída com o restante das ruínas ou preservada), resolveram mantê-la intacta como um símbolo do bombardeio.
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Visão panorâmica do Parque Memorial da Paz com alguns dos seus monumentos. Foto tirada do Museu Memorial da Paz. |
Além da Cúpula Genbaku, alguns dos outros monumento erguidos no Parque Memorial da Paz de Hiroshima são:
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Estátua das Crianças da Bomba Atômica, cuja maior referência é a garotinha Sadako Sasaki. Ela e família saíram ilesos do bombardeio, porque estavam distantes do epicentro da bomba, mas, durante a fuga, foram encharcados por uma chuva radioativa que caiu sobre Hiroshima. Por causa dos efeitos da radiação, Sadako morreu 10 anos depois da explosão. |
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Chama da Paz. Está acesa desde 1964 e assim permanecerá até que todas as bombas nucleares do planeta sejam destruídas. |
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Sino da Paz. Os visitantes são estimulados a tocá-lo. A cada soada, honra-se e clama-se pela paz mundial. |
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Símbolo atômico no local da "porrada". |
O
Museu Memorial da Paz é demais. Tem um bom acervo sobre sobre a história da guerra, diversas informações sobre a bomba atômica e uma comovente coletânea de objetos e histórias chocantes ocorridas durante e logo após o bombardeio. É ali que ficamos emocionalmente destruídos. Uma das coisas que mais gostei foi sab
er que o Prefeito de Hiroshima encaminha regularmente cartas para os prefeitos de cidades em que ocorre testes de bombas nucleares pedindo a suspensão dessas atividades. A cidade de Hiroshima realmente se engajou na missão de lutar pela paz mundial.
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Relógio com ponteiros parados na hora da explosão: 08h15. |
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Chuva preta que caiu sobre Hiroshima após a explosão, espalhando toda a poeira e fuligem em um raio de cerca de 29km e alastrando ainda mais os efeitos maléficos da radiação. |
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O museu tem uma parte dedicada aos problemas de saúde causados pela radiação. O que mais nos impressionou foi o caso de um cara que perdeu as pontas dos dedos, mas a unha continuou a crescer, só que preta e com vascularização! Quando cortavam, sangrava. |
Essa foto abaixo é de um monumento que não sei bem o significado, mas pelos origames coloridos espalhados por ele é bem possível que seja alguma homenagem à Sadako Sasaki, a garotinha sobre a qual falei acima. Conta a história que quando Sadako estava internada, um amigo a visitou e levou um origame de Tsuru (garça, ave sagrada no Japão) e contou sobre uma lenda que diz que quem fizesse 1000 origames de garça teria um desejo atendido pelos deuses. Sadako resolveu tentar, e pediu para ser curada e continuar viva. Fez 646 Tsurus e morreu. Seus amigos fizeram outros 354 e ela foi enterrada com os 1000 origames. Os origames de garça viraram um símbolo de pedidos pela paz e é muito comum encontrá-los espalhados por toda Hiroshima, e mesmo em outras partes do Japão.
Depois do Parque Memorial da Paz, fomos andando até a região chamada Hiroshima Downtown, especificamente para a rua de pedestres Hondori. É uma rua comecial, cheia de luzes e cores. Por lá, jantamos, compramos e finalizamos nosso dia em Hiroshima. Teve bom! Não sei o nome do restaurante :-/
Ah! De Hiroshima, é possível ir até Myajima, onde tem um famoso Tori flutuante. Nós não fomos porque o cansaço bateu, mas a Janete e o Alan foram e eu tenho fotos :-) Fica a dica para quem tiver gás!
Foi assim! Mais um dia espetacular no Japão.
Beijocas. Vanessa.
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